sábado, 21 de agosto de 2010

Resenha crítica do filme O quarto Poder do diretor Costa Gravas e o documentário Muito Além do Cidadão Kane do diretor Simon Hartog.


O filme o quarto poder possui uma trajetória, uma narrativa, na expressão criada para qualificar de todos os modos, de uma forma livre, a liderança da mídia e do jornalismo em divergência com os poderes existentes na democracia legal, (Legislativo, Executivo e o Judiciário) que nos faz refletir sobre o papel e o poder de influência da imprensa sobre a formação de opinião e imagem. Com essa expressão o poder da mídia possui certa capacidade de manipular a opinião pública, a ponto de ditar regras de comportamento e influir nas escolhas dos indivíduos e por fim da própria sociedade. O filme relara o poder da mídia sobre a opinião pública, a qual na interface e atitudes fazem uma espécie de jogo com as emoções, não escolhem rumos nem maneiras de como a verdade possui vários ritmos de expressão. O filme fala do poder e das técnicas e escolas de manipulação da mídia em favorecimento de pessoas terceiras, as quais pelo menos sequer sanem a verdade real do poder da mídia, mas esta referencia trata-se tão somente para a conquista também da audiência, objeto este alvo de todos jornalistas

No desenrolar do filme vão surgindo personagens, como um repórter de televisão da Califórnia, (Dustin Hoffman) como Max Bracket, que está em baixa, mas já foi um profissional respeitado de uma grande rede, está fazendo uma cobertura sem importância em um museu de história natural quando testemunha um segurança demitido (John Travolta), como Sam Baily, pede seu emprego de volta e, não sendo atendido, ameaça a diretora da instituição com uma espingarda. Aparecem também os personagens William Atherton (Dohlen), Ted Levine (Lemke), Tammy Lauren (Srta. Rose) etc. Durante as ameaças que o segurança faz a diretora do museu, ele nada faz com ela, somente a ameaça com palavras, nestes intervalos um grande acidente acontece, o segurança acidentalmente efetua um disparo com a espingarda, ferindo com um disparo um antigo colega de trabalho. O repórter Max, que também se faz presente dentro no museu, antes do ex-segurança Sam, o identificar no local, Max consegue se comunicar com uma estagiária que está em uma caminhonete nas proximidades do museu, neste momento o ex-segurança fez vários reféns, inclusive um grupo de crianças que visitavam o museu. Em um curto intervalo de tempo, o pedido de readmissão do ex-segurança no museu, vira um verdadeiro transtorno, e atinge expectativa não esperadas por Sam, o pedido de emprego e o tiro acidental se propagaram como um fogo em gasolina ganhando velocidade de forma geométrica, atraindo a atenção de todo o país. Neste momento o repórter convence ao segurança que este lhe dê uma matéria exclusiva e promete em troca comover a opinião pública com a triste história do guarda desempregado. O repórter ver nesse transtorno a sua chance de se projetar e voltar para Nova York, como um grande jornalista que já foi, mas nem tudo acontece como o pensava o ambicioso jornalista. Como sempre o desenrolar dos fatos são manipulados pela imprensa e tudo foge totalmente do controle, logo esta ocorrência ganha força e toma proporções desastrosa e diferentes do esperado pois apenas altos salários e índices de audiência contam e a verdade não é tão importante assim. As atitudes pessoais interferem nas maneiras de como o meio de comunicação é repassado para os espectadores, as condutas éticas e profissionais caem em conflito quando o jornalista se vê em frente a uma grande matéria, pois esses profissionais buscam em sua maioria somente fama e Audiência. O gesto do jornalista em fazer um furo para tentar subir sua fama novamente, atinge proporções desastrosas e colocam muitas pessoas em riscos.

A indústria televisiva, no Brasil e no mundo, hoje faz parte de uma historia como também uma maneira de educar e relatar fatos reais em tempo real, fazendo todo o possível para levar aos leitores e espectadores de todo o planeta fatos que nem sempre condizem com a verdade. As cenas do filme revelam a todos nós muitas reflexões sobre a nossa sociedade mercenária e hipócrita, que visa somente idéias para satisfizeram seu espírito interior. A mídia do filme revela uma situação real e existencial no decorrer de todas as situações narradas no filme, como a coragem do ex-segurança do museu interpretado por John Travolta, sua atitude e sua insistência em simplesmente querer retornar ao seu antigo emprego.